
Projetos de Conservação da Biodiversidade
Nossa experiência inclui estudos e avaliações da biodiversidade, identificação, avaliação do estado de conservação, riscos associados, monitoramento e identificação de fragilidade e potencialidades visando a definição de espaços a serem protegidos.
Desenvolvimento econômico e a proteção da biodiversidade
Dos cerca de duzentos países atuais, apenas dezessete são considerados mega diversos, por conterem 70% da biodiversidade mundial. O Brasil está em primeiro lugar nessa lista, abrangendo a maior diversidade biológica continental. Nosso território abriga entre 15% e 20% de toda a biodiversidade do planeta e o maior número de espécies endêmicas, a maior floresta tropical (a Amazônia) e dois dos dezenove hotspots mundiais.
A riqueza biológica nacional manifesta-se também na diversidade de ecossistemas: são seis biomas continentais – Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa –, que abrangem dez regiões fito ecológicas e 31 formações vegetais, entre florestas, savanas e estepes. Somam-se, ainda, as áreas de formações pioneiras, de influência marinha, fluvial e lacustre, como restingas e mangues, importantes berçários naturais, e, também, as de tensão ecológica, isto é, de contato entre diferentes regiões ecológicas.
O planeta vive uma crise de biodiversidade, caracterizada pela perda acelerada de espécies e de ecossistemas inteiros. Essa crise agrava-se com a intensificação do desmatamento nos ecossistemas tropicais, onde se concentra a maior parte da biodiversidade (GANEM, 2010).
No Brasil, a perda e a fragmentação de hábitats afetam todos os biomas. Ela é mais grave na Mata Atlântica, onde a vegetação nativa ficou restrita a pequenos fragmentos, mas também atinge extensas áreas no Cerrado, no Pampa e na Caatinga (GANEM, 2010).
Conforme Ganem (2010) no Cerrado, que originalmente ocupava um quarto do território brasileiro, o desaparecimento da vegetação nativa foi mais impressionante, pois o bioma perdeu quase metade de sua extensão em menos de cinquenta anos. Se as frentes de ocupação, no processo de colonização portuguesa do território brasileiro, levaram séculos para se estabelecer, removendo a cobertura vegetal e alterando os ecossistemas nativos ao longo do litoral e regiões próximas a ele, a derrubada da vegetação, nas últimas décadas, ocorre a passos de trator e avança rapidamente para as fronteiras mais longínquas da Amazônia. São perdas aceleradas, perceptíveis na escala de uma geração humana.
Apesar disso, a perda de diversidade biológica é uma crise silenciosa. Ela se assemelha aos problemas relativos à mudança global do clima. Quando surgiram os primeiros alertas dos cientistas, houve (e ainda há) incredulidade. No entanto, a não implantação das medidas de mitigação necessárias levou a uma situação irreversível a curto prazo, em que já não se poderão reverter os efeitos para os próximos anos. O mesmo ocorre com a crise da biodiversidade: por ser silenciosa ela é ignorada ou objeto de descrença, o que poderá levar à perdas irreversíveis de espécies e ecossistemas e à homogeneização biótica do planeta (GANEM, 2010).
Conservar a biodiversidade significa proteger a multiplicidade de formas de vida que se manifestam entre a crosta terrestre e a fina camada de gases que a reveste, a chamada biosfera (WILSON, 1997). Implica adotar ações complexas com o objetivo de assegurar a perpetuidade desse frágil sistema no qual a vida se aloja no planeta e no qual nós, humanos, estamos imersos.
Essas ações envolvem interferências diretas nas atividades humanas, especialmente nas formas como extraímos e exploramos os recursos naturais e como devolvemos resíduos e energia ao meio ambiente. Portanto, a conservação da biosfera, por definição, requer a imposição de restrições ao desenvolvimento das atividades produtivas, à exploração do solo, à construção de infraestrutura e ao regime de uso da propriedade privada e pública.
A Lei do SNUC (Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000) conceitua diversidade biológica como “a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, entre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas” (art. 2º, III).
A diversidade genética refere-se à variabilidade de alelos para cada gene, o que implica manifestação de características diversas em uma população. A diversidade de ecossistemas diz respeito à heterogeneidade do meio físico e às diferentes comunidades associadas a esse meio físico (CERQUEIRA, 2003).
A poluição, a introdução de espécies exóticas, as alterações climáticas e a perda e fragmentação de hábitats são as principais ameaças atuais à biodiversidade. A poluição provocada pelas atividades industriais, agrícolas e urbanas afeta especialmente os ambientes de água doce e marinhos. A descarga de esgotos domésticos e industriais, o carreamento de sedimentos e a disseminação de pesticidas podem ter efeitos letais. Perdas de espécies e alteração na estrutura das comunidades aquáticas podem ser associadas à eutrofização, fenômeno provocado pelo enriquecimento do meio com fósforo e nitrogênio e o consequente crescimento excessivo de algas, que, ao se decomporem, reduzem de forma acentuada a disponibilidade de oxigênio dissolvido.
As recentes alterações climáticas são outra fonte de interferências negativas sobre a biodiversidade. Essas alterações referem-se ao aquecimento da superfície global em 0,74ºC, comparativamente aos níveis pré-industriais, e à projeção de um incremento entre 2.4 e 6,4ºC até 2100, se medidas mitigadoras não forem implantadas. Impactos sobre a biodiversidade estão relacionados à própria elevação da temperatura e às consequências disso: aumento da frequência de eventos extremos e alteração dos padrões de chuva e seca. Deve-se levar em conta que as espécies estão adaptadas a viver em determinadas condições climáticas cuja alteração poderá afetar severamente a sua distribuição e o funcionamento dos ecossistemas (CONVENÇÃO..., 2010).
Os ecossistemas, particularmente os tropicais ajudam a manter o teor de oxigênio na atmosfera, regulam temperatura, precipitação, umidade e ventos, ou seja, os fatores climáticos globais são mediados e dependentes da manutenção dos ecossistemas tropicais nativos. Os recursos naturais servem ainda de fonte de energia e de matérias-primas para o desenvolvimento industrial, especialmente para as indústrias alimentares, química, farmacêutica e cosmética. Mais recentemente, a capacidade de manipulação de materiais genéticos e a bioprospecção se tornaram importantes ferramentas de exploração da biodiversidade para fins de desenvolvimento tecnológico. A biodiversidade é ainda componente importante da identidade cultural de muitas populações locais e é a base do ecoturismo e do turismo rural (ECOSYSTEMS, 2003; CAVALCANTI, 2006; MILLER, 1997).
Nossa empresa tem experiência nos estudos para avaliação ambiental de áreas, identificando as potencialidades e as fragilidades associadas a biodiversidade presente.
Através de sua equipe técnica desenvolveu estudos sobre a presença da fauna e flora, zoneamento ambiental, definição de áreas com restrições de uso e procedimentos para definição de áreas protegidas, corredores ecológicos e unidades de conservação.
Tem grande experiência na elaboração de planos de manejo para unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável.
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